22.8.11

Perda de Peso

Vcs sabem que esse blog foi criado para mostrar como foi a minha luta para eliminar o peso.... eu escrevo nele desde 2006....já se passaram muitos anos...

Depois que eu operei o objetivo de emagrecer sumiu, cheguei a pesar 76kg e estacionei nesse peso... comecei a escrever outras coisas nele.....
O blog mostrou as minhas dificuldades, a minha gravidez, a minha vida....
Vcs não sabem como é gostoso ler os posts antigos... da para perceber como eu amadureci....

Mas voltando ao assunto de perda de peso.... quando eu engravidei a da Sophia eu havia engordado um pouco, eu estava com 84kg (realmente a cirurgia não é milagre)... na gravidez eu engordei 8 kilos, mas nas 2 ultimas semanas devido ao edema chegui a pesar 96kg... sai da maternidade pesando 86kg na primeira semana eu já estava com 85kg...
Dai veio a internação....
Na UTI me pesaram após 2 semanas, eu estava com 86,300kg mas minha perna estava o quadruplo que esta agora.... após mais duas semanas, um dia antes de eu ter alta me pesei no apartamento e estava com 80kg.....  isso tudo sem esforço nenhum....

Acho que com a retirada do intestino necrosado a absorsão dos alimentos diminuiu e desde que sai do hospital tenho emagreço mais e mais.....
Tenho passado pelos menos sintomas de quando operei... a minha queda de cabelo esta intensa, estou até com o cabelo ralinho em alguns lugares...

Fui me pesar hoje e me deparei com 72,3kg ....não fiquei assustada....mas emagreci demais e percebi que estou a 300 gr de minha meta de 2006.

Nossa!!! Um filme passou pela minha cabeça!!!! hihihihih
Esse peso eu estava quando fiz um regime com formulas e conheci meu marido (eu falo que enganei ele)...

Não me sinto magrela e nem magra na verdade, quando olho no espelho e vejo meu corpo vejo as marcas de tudo que eu passei... pensando melhor, quando me olho no espelho do elevador eu vejo as minhas saboneteiras chego a ficar triste, pois me lembra os dias que fiquei internada.....

Mas a vida continua e esse sentimento passa rapido e me olho com outros olhos e vejo o quanto aquela roupa esta bonita em mim......

Quando bater o martelo de 72kg vou festejar bastante.... mas vou ter outra meta, eu até penso nos 68kg que é meu sonho de consumo ou quem sabe em um 65kg que é o que toda revista/site fala que devo pesar.... quem sabe... quem sabe....

Só para lembrar....esse ultimo peso perdido é sem nenhum sacrificio, só o doce que eu reduzi porque eu passo mal, mas fora isso tenho comido mais do que o normal!!!!!

Tenham uma otima semana...

Beijos

Claudia

8.8.11

Mãe faz cada coisa!!!!

Retirei esse texto de um email que a Claudia Gimenes me enviou que retirou de um blog o Katralhas  e gostei muito..


"Mãe é aquele ser estranho, louco, capaz de heroísmos, dramas e breguices com a mesma fúria; paga mico, escreve carta para Papai Noel, se faz passar por fadinha do dente, coelho da Páscoa, cuca, pede autógrafo para artistas deploráveis assiste a programas, peças, shows horríveis, revê milhares de vezes os mesmos desenhos animados, conta as mesmas histórias centenas de vezes, vai pra Disney e A D O R A!


Mãe faz escândalo, tira satisfação com professor, berra em público, dá vexame, deixa a gente sem graça, compra briga; é espaçosa, barulhenta, tendenciosa, leoa, tiete, dona da gente. Mãe desperta extremos,ganas, irrita, enlouquece, mas... É mãe.

Mãe faz promessa, prestação, hora extra, pra que a gente tenha o que é preciso e o que sonha. Mãe surta, passa dos limites, às vezes até bate, diz coisas duras; mãe pede desculpas, mortificada... Mãe é um bicho doido, louco pela cria. Mãe é Visceral!

Mãe chora em apresentação de balé, em competição de natação, quando a filha menstrua pela primeira vez, quando dá o primeiro beijo, quando vê a filha apaixonada no casamento, no parto... Xinga todo e cada desgraçado que faz a filha sofrer, enlouquece esperando ela chegar da balada, arranca os cabelos diante da morte...

Mãe é uma espécie esquisita que se alterna entre fada e bruxa com um naturalidade espantosa. É competente no item culpa e insuperável no item ternura, mas pode ser virulenta, tem um lado B às vezes C, D, E... Mãe é melosa, excessiva, obsessiva, repulsiva, comovente, histérica, mas não se é feliz sem uma. Mãe é contrato: irrevogável, vitalício instransferível!

Mãe lê pensamento, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de choro, de gripe, de medo; entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implica com amigos, namorados, escolhas. Mãe dá a roupa do corpo, tempo, dinheiro, conselho, cuidado, proteção. Mãe dá um jeito, dá nó,dá bronca, dá força. Mãe cura cólica, porre, tristeza, pânico noturno, medos. Espanta monstros, pesadelos, bactérias, mosquitos, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: Mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tece lembranças. Mãe é arquivo!

Mãe exagera, exaure, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende. Ama, desmama desarma, denota, manda, desmanda, desanda, demanda. Rumina o passado, remói dores, dá o troco, adora uma cobrança e um perdão lacrimoso.

Mãe abriga, afaga, alisa, lambe, conhece as batidas do nosso coração, o toque dos nossos dedos, as cores do nosso olhar e ouve música quando a gente ri. Mãe tem coração de mãe!

Mãe é pedra no caminho, é rumo; é pedra no sapato, é rocha; é drama mexicano, tragédia grega e comédia italiana; é o maior dos clássicos; é colo, cadeira de balanço e divã de terapeuta... Mãe é madona-mia! É Deus-me-acuda; é graças-a-Deus; é mãezinha-do-céu, é mãe é minha- e- eu- mato -quando- quiser; é a que padece no paraíso enquanto nos inferniza... Mãe é absurda e inexoravelmente para sempre e é uma só: não há Mistério maior! Só cabe uma mãe na vida de uma filha... e olhe lá! Às vezes, nem cabe inteira.

Mãe é imensurável! Mãe é saudade instalada desde o instante em que descobrimos a morte. Mãe é eterna, não morre jamais. Bicho estranho, entranha, milagre, façanha matriz, alma, carne viva, laço de sangue, flor da pele.

Mãe é mãe, e faz cada coisa..."

(Texto de Hilda Lucas)

5.8.11

Hipoglicemiante tomava a sua avó!

Hoje recebi um email de um Medico Auditor, o Dr Nelson Nisenbaum, que trabalha comigo e gostei muito... mesmo tendo alguns termos técnicos, gostei da forma de se expressar e a Diabetes é uma doença que ronda a todos nós... e lendo o texto percebemos como é rápida a evolução do tratamento....
A leitura é uma delicia... eu espero que vcs gostem como eu gostei...

Obrigada Dr Nelson por dividir esse texto conosco....

Hipoglicemiante tomava a sua avó! A nova era do tratamento do Diabetes.

Eu era criança quando pela primeira vez ouvi o nome "Diabinese". Meu avô Luiz tomava diariamente o medicamento. A substância, a clorpropamida, "bombava" na época. Baixava mesmo a glicemia, mas com frequência, muito além do que deveria. Não me lembro de tê-lo visto com hipoglicemia, mas muitos anos mais tarde, já na faculdade de medicina, tive aquelas aterrorizantes aulas sobre diabetes. Se você tratasse com muito rigor, o doente entrava em coma hipoglicêmico. Se não tratasse com o suficiente rigor, mais tarde ele teria retinopatia diabética e ficaria cego. Teria pés e pernas amputadas, se sobrevivesse aos infartos do miocárdio. Ou, sofreria com a insuficiência renal e tantas outras agruras. Não sabíamos o que era ou o que significava exatamente a resistência à insulina. E, a então moderníssima glibenclamida (conhecida nos EUA como gliburide) sob o mágico nome de "Daonil" prometia uma ação um pouco mais suave que o Diabinese com menor risco de hipoglicemia. Só menor, o risco era líquido e certo. A fenformina, precursora da metformina era muito pouco popular, e nem tive aula sobre ela. Mal sabíamos o mecanismo de ação dessas drogas.


Sem grandes progressos em perspectiva, ainda assim os diabéticos diagnosticados entre 1965 a 1980 vivem ou viveram em média 15 anos a mais que os diagnosticados entre 1950 e 1964, apontam estudos publicados no último congresso americano de diabetes. É muita coisa, e considerando-se que nas respectivas épocas o que se tinha como arma eram os hipoglicemiantes, muita reflexão deve ser feita sobre a importância do controle glicêmico. Mas o banho de água gelada veio com o UKPDS, que consagrou a máxima (que este autor contesta atualmente) de que a doença evolui inexoravelmente à piora e à insulinodependência.

Ao final da década de 90 aquele mesmo estudo, consagrava a metformina como ferramenta medicamentosa segura e eficaz na redução dos danos e mortes pela doença. Quase concomitantemente, as glitazonas mostravam sua força, com diferentes mecanismos de ação em relação à metformina, mas com um alvo comum, a resistência à insulina, àquela época já reconhecida como fundamento da doença no tipo adulto. Naquela mesma esquina da história, as glinidas (repaglinida e nateglinida) buscavam seu espaço como o que seria a "insulina rápida" por via oral, a serem utilizadas às refeições. Menção honrosa à acarbose, com seu efeito retardador de aborção de carboidratos.

Alguns anos mais à frente, surgem as gliptinas, com sua capacidade de reduzir a secreção de glucagon e estimular a secreção de insulina de um modo glicose-dependente, além de diversos efeitos extra-glicêmicos.

Durante quase uma década, este autor frequentou numerosos cursos, simpósios e debates, e concluiu que o problema da resistência à insulina estava sub-tratado. A maioria dos estudos e casuísticas utilizava-se de uma única ferramenta, na maioria a metformina, e na minoria, uma glitazona. No último congresso do ADA, surgiram diversos estudos com a conjugação metformina-pioglitazona, mostrando desfechos melhores do que os anteriores. Houve ainda estudos envolvendo metformina-pioglitazona-gliptina, com desfechos ainda superiores. E é neste ponto que quero chegar: Temos hoje um esquema de tratamento que envolve dois sensibilizadores de insulina (quase uma ofensa esta simplificação de seu mais que complexo mecanismo de ação) e uma nova classe que reduz fortemente a glicogênese hepática além de "civilizar" as combalidas ou não células beta (produtoras de insulina). Venho tendo excelentes resultados com este esquema terapêutico que utilizo desde o lançamento das gliptinas há 3 anos, sendo claríssimo, pelos resultados laboratoriais dos pacientes, que atingem-se metas de HBA1C melhores do que as recomendadas sem uma única ocorrência de hipoglicemia. Claro que isto envolve custo, mas nos últimos 11 anos, ao contrário do que afirmava o UKPDS, nenhum dos meus pacientes evoluiu para insulinodependência, havendo casos, onde com a adição da gliptina, o "hipoglicemiante" pode ser abandonado.

Deve-se sempre ressaltar que minhas experiências não tem valor científico, e refletem tão somente a realidade dos meus pacientes e a minha. Entretanto, felizmente, a ciência não deixou de confirmar os achados deste pequeno universo.

Mas, destes tantos anos que milito na área do diabetes, posso ousar e antecipar este aforisma: Hipoglicemiante tomava a sua avó (e o meu avô). Agora, a doença tem tratamento. Proponho o termo "euglicemiante" para a estratégia terapêutica voltada à normalização da glicemia e da excursão glicêmica (a flutuação da glicemia ao longo do dia) às custas de agentes inteligentes.

Declaro a inexistência de conflitos de interesse.

NELSON NISENBAUM
Especialista em Clínica Médica
Gerente de Auditoria em Saúde na Sec.Saúde de S.Bernardo do Campo/SP
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